Estudo demonstra superioridade da reciclagem sobre a incineração

A

Climate Works Foundation

e o Instituto Via Pública, com apoio da I&T e da NRG, desenvolveram, a pedido do Ministério do Meio Ambiente, um Estudo Comparativo das Rotas Tecnológicas para Tratamento de RSU (resíduos sólidos urbano), comparando a Incineração

Mass Burn

e a Biodigestão Anaeróbia (TMB) com dados e nas condições brasileiras.

“A conclusão do estudo é da inequívoca superioridade da rota da reciclagem sobre a incineração. Sabíamos disso, mas agora temos no papel, preto no branco” comentou Dan Moche, da Comissão Técnica da Coalizão Nacional contra a Incineração de lixo em Defesa da Coleta Seletiva.

Baixe o estudo na integra

O trabalho conta com as parcerias do especialista em resíduos sólidos Tarcísio de Paula Pinto e do especialista em geração de energia Roberto Kishinami, respectivamente vinculados às empresas I&TSP – Gestão de Resíduos e NRG – Serviços de Energia, e também tem apoio de consultores internacionais.

São tomados como base os dados sobre resíduos sólidos de cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes, nas quais vem sendo observado o histórico de geração lixo e análise gravimétrica – trata da composição e projeção do volume de resíduos sólidos a ser produzido nessas cidades até 2030.

A incineração é um processo de destruição térmica de qualquer resíduo sob alta temperatura. Geralmente é voltada para resíduos que necessitam de completa destruição. Mas também é empregada em muitos países para redução de todos os resíduos sólidos, com exceção do ferro e do vidro.
A partir do processo de queima é possível gerar energia. Os rejeitos da queima são enviados para aterros sanitários especiais (de classe 1, de acordo com a norma ABNT 10.004/04 ¬sobre “Resíduos Sólidos – Classificação”).

A biodigestão transforma material orgânico em biogás, que é utilizado na geração de energia. São utilizados no processo basicamente resíduos úmidos (restos de alimentos e poda de árvores), que equivalem a cerca de 50 ou 60% do lixo depositado nos aterros municipais. Para o funcionamento da biodigestão é preciso separar os resíduos secos (plásticos, metais, vidros, papéis, etc.), que por meio da reciclagem podem ser reintroduzidos no ciclo produtivo.

Acerca das duas tecnologias são estas algumas das questões analisadas: balanço energético, poder calorífero, custos de implantação, produção de receitas, entre outras.

Junto com o quadro comparativo operacional pretende-se fornecer indicadores de impacto social, urbano e sobre o meio ambiente para que os gestores municipais possam considerar vários aspectos no momento da tomada de decisão sobre qual a melhor alternativa a ser adotada.

ClimateWorks apoia políticas públicas para evitar alterações climáticas

 

A Fundação ClimateWorks oferece suporte a políticas públicas com ações que possam evitar alterações climáticas e a redução dos gases que causam o efeito estufa.

Os fundos da ClimateWorks são destinados a uma rede internacional de instituições com foco nas regiões e setores considerados pela fundação como responsáveis pela maioria das emissões de gases de efeito estufa.

Nas regiões onde atua a fundação estão incluídos: China, Índia, países europeus, Estados Unidos, México, Brasil e Indonésia. Entre os setores considerados responsáveis por emissões estão incluídos os de alimentação, transporte, edifícios, eletrodomésticos, uso da terra e indústria em geral.

Segundo a instituição são investidos em vários países mais de U$$ 150 milhões em iniciativas que contribuam para o meio ambiente, tais como a redução de aterros sanitários e a produção de energia sustentável.