Ciclo da Cadeia Produtiva de Reciclagem

A profissão Catador de Material Reciclável existe desde meados de 1950. O catador sempre foi visto como um sujeito excluído socialmente. Contudo, nós catadores sempre prestamos um serviço à sociedade, mesmo sem dela receber o reconhecimento, nem do poder publico receber o pagamento devido por tal trabalho.

No passado, assim como hoje, muitos catadores trabalhavam de maneira precária, em lixões e locais impróprios. Muitos ainda hoje sofrem humilhações e a exploração de empresários de ferros-velhos e de grandes empresas de reciclagem.

O governo e muitas instituições têm uma divida histórica com os catadores. Algo que deve ser cobrado hoje em que a voz dos catadores se ampliou no MNCR. Uma luta muito grande, mas que não é maior que nossa coragem para lutar.

Grandes indústrias, produzem seus produtos que enriquecem apenas à classe dominante que por sua fez explora seus empregados. Essa indústria coloca seus produtos no mercado, lucra, mas não se responsabiliza pelas embalagens e resíduos por ela produzidos. Todos os resíduos dispensados vão parar em aterros sanitários ou em lixões.

O catador, excluído do processo de produção, sobrevive do que a indústria e o comércio rejeitam.

 

Veja o papel da indústria e dos catadores no processo:

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89% do trabalho de produção da matéria prima que vai para a indústria é feita pelos catadores. Hoje esse trabalho é reconhecido pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) graças a luta do MNCR, uma das primeiras conquistas do movimento. Esse foi um primeiro passo para a o reconhecimento dos catadores como profissão.