Catadores e Prefeitura de São Paulo assinam contrato para autogestão de Centrais Mecanizadas

A recém formada Rede Paulistana, cooperativa de segundo grau formada pelas cooperativas de catadores da cidade de São Paulo, assinou na tarde do dia 31 de outubro contrato com a Prefeitura de São Paulo para comercialização dos materiais recicláveis processados por duas Centrais de Triagem Mecanizadas, além de gerir os recursos do Fundo Municipal de Reciclagem e Logística Reversa de deve ser distribuído entre as organizações e catadores de materiais recicláveis da cidade de São Paulo. A assinatura é resultado de um longo processo de reivindicação dos catadores junto a Prefeitura para modificar e tornar mais juntos o modelo de coleta seletiva da cidade que funciona por meio do trabalho de 20 cooperativas conveniadas com a Prefeitura, além de 2 Centrais Mecanizadas que são operadas pelas Concessionárias da cidade com a mão de obra de catadores de duas cooperativas.

O Secretaria de Serviços, Simão Pedro, parabenizou os catadores pela união na formação da cooperativa de segundo grau. O Secretário explicou que “com essa assinatura nós estamos efetivando a resolução 82, que substitui a 28, que fica tinha um Conselho Gestor formado por representantes da sociedade e poder pública e agora nós efetivamos um Conselho Gestor formado pelos catadores das cooperativas”, declarou.

Os catadores Neilton Polido e Valquíria Cândido ressaltaram a grande responsabilidade que estão assumindo, mas declararam de darão o máximo de si beneficio de todos os catadores e catadoras da cidade de São Paulo.

Desde o início da gestão do Prefeito Fernando Haddad o Comitê de Catadores da Cidade de São Paulo vem reivindicando mudanças no modelo de coleta seletiva municipal. A comercialização dos recicláveis pelas Redes de cooperativas era uma das propostas enviadas ao poder público que denunciavam que o valor arrecadado por uma ONG que até então comercializava os materiais das Centrais Mecanizadas estava muito a quem comparado ao que as Redes de Cooperativas conseguiam. Em dezembro de 2015 o MNCR realizou uma grande manifestação nas ruas de São Paulo para reivindicar o pagamento por serviços prestados pelos catadores e reforçar a necessidade de acelerar as mudanças proposta pelos catadores.

Para os representantes do MNCR ainda há muito o que avançar para tornar o sistema de coleta seletiva de São Paulo mais justo e eficiente. A solução, porém, passa pela quebra de contrato de 30 anos com duas empreiteiras, pois ainda faltam 10 anos para a Parceria Público Privado (PPP) acabar. Isso é mais que necessário, pois a PPP é anterior a Lei 12.305/2010.