Catadores de lixão no Rio de Janeiro têm seu trabalho ameaçado

Cerca de 246 catadores de materiais recicláveis do lixão de Gericinó, município do Rio de Janeiro, correm o risco de ficar sem trabalho após o anuncio de encerramento das atividades no local em de 15 dias. O fechamento ocorre sem que a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro cumpra o que foi prometido pelo Prefeito Eduardo Paes de indenizar os catadores antes do fechamento definitivo do lixão.

Após mobilização dos catadores, foi mantido a entrega de materiais no aterro e acesso dos catadores por mais 15 dias, no entanto, não há uma resposta definitiva sobre a situação dos trabalhadores.

“A partir do dia de fechamento todos os catadores vão ficar com fome”,  declara Custódio Chaves, representante do MNCR e Presidente do Conselho de Liderança do Lixão de Gericinó. Constata que nenhuma ação foi feita para garantir o trabalho dos catadores depois do fechamento do lixão e reivindicam que a Prefeitura pague uma indenização pelo tempo que prolongaram a vida útil do lixão com o trabalho de catação no local.

Em reunião no dia 07 de junho, o Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, garantiu que os catadores serão respeitados com todos os direitos garantidos, propôs reunião com a presidência da Comlurb, autarquia que gerencia os serviços de limpeza, para traçar um plano de trabalho. No entanto, a promessa não foi cumprida e os catadores correm o risco de ficar sem o sustendo de suas famílias adquiridos por meio da coleta de materiais recicláveis.

 

Confira vídeo da reunião com o Prefeito Eduardo Paes.

Cineasta americano fez documentário sobre os catadores de Gericinó:

CATADOR from Andrew Mills on Vimeo.