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II Encontro Estadual de Catadores do Amazonas

Durante a abertura do II Encontro Estadual dos Catadores de Materiais Recicláveis, hoje, 4, o deputado Luiz Castro, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM) e da Frente Parlamentar Cooperativista (Frencoop) defendeu a criação de uma lei para garantir preço de mercado, para a produção dos catadores de materiais recicláveis.



O II Encontro aborda o tema: “Inclusão socioprodutiva dos catadores (as) do Amazonas: parcerias e desafios” e está sendo realizado no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Semed), à avenida Maceió, Adrianópolis.
O objetivo do evento é apresentar os avanços e as estratégias para a implementação da coleta seletiva com a inclusão socioprodutiva dos catadores, em atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos, nos municípios do Amazonas.
Alexandre Cardoso, articulador nacional do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), e um dos palestrantes, disse que muitas vitórias já foram alcançadas. “É o momento de lembrarmos onde estávamos antes e aonde chegamos hoje. A nossa função de catador é uma das mais importantes do planeta. Nós somos parte essencial no processo de mudança da sociedade”, advertiu.
O mesmo discurso foi defendido por Irineide Lima, representante do movimento no Amazonas. “Nós não somos coitadinhos, nós não somos simples catadores”, recomendou aos catadores de materiais recicláveis de todo o Estado, que participam do evento, e aos representantes das instituições governamentais e privadas.
Segundo Adriano Fassini, superintendente do Sistema OCB-Sescoop/AM, é importante a união dos trabalhadores, para vencer os desafios e alcançar êxitos, e o momento é de se discutir parcerias para solidificar o movimento pela inclusão socioprodutiva. “É preciso aproveitar as oportunidades da Lei 12.305/2010, que prevê incentivo às organizações de catadores, assim como a participação delas na gestão integrada dos resíduos sólidos e na cadeia produtiva”, disse.
O articulador do MNCR declarou que as prioridades socioprodutivas dos catadores de materiais recicláveis são: contratação, pelas prefeituras, dos serviços dos catadores, a partir da coleta – o que já é estabelecido pelas leis de resíduos sólidos, de licitações e de saneamento básico; busca por novas tecnologias, para o avanço da cadeia produtiva; e luta contra a incineração de materiais.
Hoje, 1.200 cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis estão registradas no MNCR, totalizando 80 mil trabalhadores do segmento. “A região Norte é a que tem menos catadores organizados, por isso tem recebido atenção especial do movimento”, declarou Alexandre Cardoso.
O II Encontro Estadual dos Catadores de Materiais Recicláveis recebeu o apoio, além do MNCR, de instituições governamentais, Banco do Brasil, Sebrae, Cáritas e da OCB/AM.



Fonte: OCB-AM / Foto por: Priscilla Torres/Coopcom

em 09/08/2011