Catadoras de Rio Pardo pedem socorro

assessoria de comunicação MNCR
Publicado 18/06/2015 13:40 Última modificação 18/06/2015 13:43

A Cooperativa de catadores de materiais recicláveis de Rio pardo- Cocamarp, que conta hoje com 15 pessoas, na sua maioria mulheres está com sua fonte de sustento em risco, pois o convênio que era mantido com a Prefeitura Municipal foi finalizado no final do mês de maio.

Os recursos ajudavam no custo operacional da Coleta Seletiva Solidária, serviço prestado pela cooperativa em parceria com a comunidade em quatro bairros da cidade. Desde março de 2013, época em que foi assinado o convênio, os valores iniciais eram de R$ 16.502.00, sendo que apenas R$ 6.600,00 era repassado para a cooperativa, o restante segundo o Sr. Jorge Campos, cargo de confiança, que se apresenta como Coordenador da Coleta Seletiva por parte da Secretaria do Meio Ambiente de Rio Pardo era para manter o motorista cedido pelo município.

O convênio que já não cobria a totalidade dos custos operacionais e nem valorizava adequadamente as trabalhadoras (es) da Cocamarp, em dezembro do ano passado teve uma diminuição do repasse para a cooperativa, ficando em R$ 3.000,00 mensais. Segundo a Administração Municipal, por motivos de crise financeira da Prefeitura, e que em breve no final do convênio seria renegociado um valor mais justo para as catadoras (es).

Muitas tratativas foram realizadas neste período, entre reuniões com Secretaria do Meio Ambiente, reunião com o Prefeito na época da redução do convênio, audiência pública, reunião com Câmara de Vereadores, Promotoria Pública e até agora nenhuma solução foi alcançada.

Setores da sociedade se mobilizaram e constituíram o Fórum de Ação pela Coleta Seletiva Solidária de Rio Pardo, e tem realizado o debate e encaminhado ações, como palestras em escolas, entre outros, para refletir sobre o modelo de gestão dos resíduos praticado em Rio Pardo.

“Achamos uma injustiça o que esta acontecendo com a gente, queremos melhorar nosso trabalho, aumentar a coleta em todo o município e incluir mais catadores na cooperativa, mas pra isso precisamos ser reconhecidos”, comenta a catadora histórica Nildete Pereira dos Santos.

Atualmente a Prefeitura Municipal de Rio Pardo paga cerca de R$ 142.000,00 mensais para a empresa Conesul pelo serviço de coleta dos resíduos na cidade. Ainda não conta com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos-PMGIRS, que deve incluir prioritariamente os catadores (as) como prestadores do serviço de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos-PNRS