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Repressão da Prefeitura no Glicério

Para os catadores do Viaduto do Glicério, na região central de São Paulo, o ano não começou muito bem. É freqüente nos mês de janeiro e fevereiro, a intensificação de ações da Guarda Civil Metropolitana (GCM), na apreensão de carroças e pertences dos catadores que trabalham na região do Glicério. Segundo o integrante do setor de comunicação do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), no dia 19 de fevereiro desde ano, uma equipe da Subprefeitura da Sé, escoltada pela Polícia Militar (PM) começou a demolição do muro da Cooper Brasil, sem nenhum aviso prévio, para a construção de uma calçada para retorno dos automóveis. Esta foi a justificativa apresentada.

Segundo o Subprefeito da Sé, Andréa Matarazzo, “o muro foi derrubado por engano, mas de qualquer forma eles não sairão do viaduto enquanto o outro espaço que estamos preparando não estiver pronto”, declarou.

O coordenador da Ação Social da Subprefeitura da Sé, Renato Barreiro, afirmou que não sabia da derrubada do muro. “Foi uma demanda da PM para o nosso setor de obras e, infelizmente, não me consultaram ou sequer me avisaram”. No mês de janeiro, Barreiro, quando coordenou ação de limpeza da subprefeitura embaixo do viaduto, prometeu construir bancada e banheiros químicos para auxiliar no trabalho dos catadores. No entanto, afirmou não mais poder cumprir a promessa, porque em 60 dias, o espaço destinado à reciclagem da região do Glicério – terreno da Companhia de Engenharia de Tráfico, CET) – estará pronto e os catadores serão transferidos para uma melhor infra-estrutura.

por Fabiano Viana / Rede Rua

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