"O que não vamos abrir mão, é do nosso ganha pão"
Após o conflito no município de Jaboatão que já foi contornado, catadores ligados ao MNCR lutam para garantir o trabalho de milhares de catadores que sobrevivem hoje da coleta de materiais no lixão da Muribeca em Pernambuco. Após negociações os catadores voltaram a coletar no lixão, mas o clima ainda é tenso.
Segundo o catador José Cardoso, o movimento, Ministério Publico e parceiros locais buscam em conjunto soluções para melhorar as condições de trabalho dos catadores. "O que não vamos abrir mão é do nosso ganha pão", declara Cardoso e acrescenta que há muitos interesses envolvendo a transferência do lixão para um terreno particular administrado por uma empresa privada. "Decidimos que os atravessadores vão ficar fora da discussão, pois foram eles que incentivaram o conflito," complementa Cardoso.
Na região nordeste é grande o numero de famílias que trabalha em lixões a céu aberto. No Pernambuco o MNCR tem percorrido todo o Estado diagnosticando suas bases para a construção de uma rede de cooperativas.
Catadores fazem novo protesto no Lixão da Muribeca
Catadores que trabalham dentro do Lixão da Muribeca, município de Jaboatão - PE, serão prejudicados com a transferência do lixão para um Aterro privado. São cerca de 3 mil catadores que foram impedidos de coletar.
Em audiência com o poder público de Pernambuco convocada pelos catadores ligados ao MNCR foi exigida a inserção dos catadores no processo de coleta em uma usina de triagem que possa atender a todos. Com a negativa do poder público, houve protestos e confrontos com a polícia. O conflito interditou a rodovia PE-25 durante a tarde do dia 30.
Segundo José Cardoso, representante do MNCR no Estado de Pernambuco, um atravessador se aproveitou da situação para incentivar o conflito. Segundo ele, o atravessador Adriano Moura não é catador e estaria usando os catadores e seu beneficio.
Nesse momento, as negociações seguem entre o MNCR e membros do poder público.
Com informações da Rádio Jornal
ATUALIZADO ÀS 13h15