Sociedade diz não à incineração de resíduos na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente

Tema polêmico entre especialistas, a destinação final de resíduos para incineração foi rechaçada pelos delegados presentes na 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente que aconteceu entre 24 a 27 de outubro em Brasília. A proposta mais votada pelos delegados no eixo “Redução dos impactos ambientais” pede uma lei federal ou mudança na PNRS que “proíba toda e qualquer incineração de resíduos sólidos, desde a incineração de resíduos domésticos até a incineração para geração de energia (termoelétrica), e todo e qualquer tipo de tratamento térmico”. A segunda proposta mais votada no eixo de “Geração de trabalho e renda” pede a proibição da queima de materiais recicláveis garantindo trabalho e renda para os catadores.

Os delegados da conferência, impulsionados por um grupo de cerca de 150 catadores ligados ao MNCR, travaram intenso debate sobre o reaproveitamento energético dos resíduos e as consequências das tecnologias de queima de resíduos a saúde humana, ao meio ambiente e consequentes impactos sociais. O tema já vinha sendo debatido nas etapas regionais e estaduais da Conferência e ganhou adesão dos delegados durante a Conferência Nacional.

A mobilização dos catadores durante a Conferência provocou também a declaração da Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira destacando a recuperação energética como uma alternativa a ser utilizada após esgotadas todas as possibilidades de reciclagem e reutilização sem deixar de fora dos catadores de materiais recicláveis.

Veja o resultado da Conferência Nacional de Meio Ambiente (Considerar as 15 ações mais votadas em cada eixo temático)