POVO NA RUA, A LUTA CONTINUA
Em 28 de março, no sul gaúcho, mais uma vez o MNCR saiu às ruas para
reclamar nossos direitos e demandas históricas da nossa classe. Desta vez,
realizamos uma manifestação na cidade de Santa Cruz do Sul, com apoio do
Sintravestuário, Sindibancários e Cpers (Sindicato dos Professores do Estado do
RS). Também nos unimos à luta da Resistência Popular, que pressiona a
prefeitura pela liberação de um recurso público aprovado no orçamento Municipal
para continuar os trabalhos de educação popular desenvolvidos nas vilas da
cidade.
Com palavras de ordem, carro de som, bandeiras, faixas e
panfletos explicando nossas reivindicações, tomamos as ruas exercendo nosso
poder popular. Chegamos em frente a Prefeitura onde entregamos as pautas de
lutas e uma carta do Comitê Malvina Tavares e demos o prazo de 30 minutos para
que a prefeitura avaliassem e nos dessem uma resposta concreta sobre as
demandas. Enquanto aguardávamos a resposta, realizamos uma peça de teatro dos
Oprimidos que representava a nossa trajetória de luta e organização.
Logo, uma equipe dos Movimentos foi recebida por uma
comissão formada pelo Prefeito, Secretario do Meio Ambiente, Secretaria de
Assistência Social, Secretário de Serviços Públicos e um capitão da Policia
Militar, que não se sabe os motivos, mas estava como mediador de reunião.
Durante este período, os companheiros aguardavam as respostas desta reunião em
frente à prefeitura. Depois de mais de uma hora de negociação com a classe
política, um dos companheiros que estava na negociação nos passou os
resultados:
- Conquista
da destinação da coleta seletiva para as organizações de Base do MNCR; - Ampliação
da estrutura de trabalho com transporte das famílias; - Criação
de um Grupo de Trabalho formado pelos secretários presentes e mais dois
militantes do MNCR, que irá executar as conquistas obtidas, discutir e formalizar
propostas de políticas públicas voltadas às famílias dos catadores; - Conquista
imediata de 25 cestas básicas para os catadores que estão cadastrados para
iniciar o trabalho na triagem da coleta seletiva;
A Resistência Popular conquistou;
·
Sistema de distribuição de alimentação para os
integrantes da Resistência Popular que contribuem na educação popular;
·
Garantia de não promover nenhum empecilho conta
a ação judicial movida pela Resistência Popular para liberar recursos públicos
para a manutenção do trabalho de educação popular, já aprovado em lei no
orçamento de 2008.
Os fatos de hoje
demonstram que só com nossa luta e organização podemos ir em frente nas nossas
conquistas, que somente a solidariedade e a luta podem construir laços tão
fortes incapazes de serem destruídos pelos que nos querem ver aniquilados.Os
mesmos de sempre que nos tiram o pão, o trabalho e o direito a uma vida
digna.Esses mesmos senhores dos discursos bonitos, do tapinha nas costas e dos
cafezinhos. Estes mesmos que só lembram do pobre em época de eleições, e que no
fundo não querem sair de cima de nós, porque nós os sustentamos. Isto tem que acabar. Já
basta! Com o braço estendido aos companheiros(as) de todo o Brasil e América
Latina, estamos aí para somar, na árdua luta da conquista dos nossos direitos,
na incessante luta por um mundo com justiça, liberdade e igualdade de
oportunidades para todos.
Com luta, com fé
Com a lança de Sepé!!!
Comitê Malvina
Tavares-MNCR-RS