Estelionatário percorre o país com o golpe da “Cooper Iner”

Catadoras e catadores militantes do MNCR confrontaram mais uma vez o estelionatário Jomateleno dos Santos Teixeira que tem percorrido vários Estados do Brasil aplicando golpe da “Cooper Iner”, uma suposta rede de cooperativas. Dessa vez o criminoso foi visto em uma comunidade na cidade de Fortaleza, no Ceará, e teve sua apresentação interrompida pelos catadores presentes ao questionarem os termos preconceituosos usados por ele ao se referir aos Catadores. Em sua palavras, “os catadores são coisa do passado” e “pessoas com mais de 40 anos não sevem para nada”. É comum ouvi-lo falar da categoria como “burros de carga” e outros termos pejorativos. O estelionatário é admirador de Bolsonaro e prega ideologia da extrema-direita que relativiza da dignidade humana.

A Cooper Iner é uma organização fictícia usada para aplicar golpes por onde passa e também usa outros nomes fantasia como: Grupo Iner, Elo Social, consórcio INER, Intituto Iner, SINDETAP, Lixo Zero Social 10, entre outros. Todas entidades presididas ou controladas por uma única pessoa, Jomateleno dos Santos Teixeira, advogado condenado por estelionato, que percorre o país oferecendo uma solução milagrosa para os resíduos sem muito conhecimento técnico sobre o assunto.

Outra entidade fantasia, a Fundação Jomateleno, conta no próprio site como tudo começou: “em 07 de setembro de 1.990 quando seu idealizador o empresário e advogado Jomateleno dos Santos Teixeira, frustrou-se logo após o insucesso de um casamento, alvo de um relacionamento sério, com mais de 4 (quatro) anos de convivência, teve uma duração de apenas 48:00 (quarenta e oito) horas.”

Nos últimos meses Jomateleno, agora com alguns seguidores, tem se dedicado a percorrer o país para cooptar Catadores aleatoriamente para representar seus respectivos Estados a diretoria da Cooper Iner, no entanto, o processo de escolha de tais diretores não passa por votação ou escolha da categoria, mas por seleção de Jomateleno. A prática é comum em outras categorias como os tapeceiros, Sindtap, da qual Jomateleno diz presidir ou integrar a diretoria de vários Estados.

Já faz alguns anos que o estelionatário percorre o país para vender uma usina de resíduos sólidos ideal e sem custos que é presentada como animação 3D, com isso consegue a concessão de terrenos públicos de prefeituras, no entanto, até hoje nenhuma usina foi construída ou esta em construção.

O procedimento é sempre o mesmo. Procura Câmara de vereadores ou prefeituras e por meio de acordos com vereadores organizar audiências públicas em que apresenta imagens de desenhos em 3D das supostas usinas, ele é sempre a única pessoa que fala sobre as instalações duranta mais de uma hora. Jomateleno costuma anunciar em suas apresentações que tem recebido terrenos públicos gratuitamente para construção das usinas, propagando que elas serão construídas com verba da iniciativa privada. 

Quem é Jomateleno?

Jomateleno dos Santos Teixeira é um estelionatário conhecido da imprensa, esteve envolvido na operação de uma delegacia falsa no centro de São Paulo. “Doutor Leno, como gostava de ser chamado, sentava-se engravatado atrás de uma escrivaninha e recebia cidadãos vítimas dos mais variados crimes. Lavrava boletins de ocorrência e, por fim, cobrava uma 'taxa' para acelerar as investigações, sempre algo entre R$ 200 e R$ 300. O detalhe é que Jomateleno, que é formado em Direito, jamais fez concurso para delegado – assim como nenhum de seus 12 assistentes. A delegacia não era um órgão governamental. E os BOs, que ostentavam até timbre, não valiam nada.”, registrou a reportagem da Revista Época na Edição 247 – 10/02/2003. Veja na integra:

https://goo.gl/vVghN0 Preso, Jomateleno ainda tentou argumentar que a delegacia era 'uma organização não-governamental' e sua função social estava registrada em cartório. O delegado titular da repartição privatizada é estelionatário condenado em três processos e estava foragido. O 'corpo de investigadores' era formado por réus de 26 processos pelas infrações mais variadas, de apropriação indébita e lesões corporais até assalto a banco.

 Ainda como doutor Leno, Jomateleno dos Santos Teixeira foi preso por propaganda enganosa, crime pelo qual respondia desde o ano 2000. Ele vendia apostilas de um curso preparatório para os exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que não existia. Ele foi levado para o 13º Distrito Policial, na Casa Verde, e vai cumprir seis meses e seis dias de prisão, segundo o delegado Cláudio Salles Jr., do Grupo de Operações Especiais (GOE). Em fevereiro, Teixeira foi preso em flagrante por manter uma falsa Delegacia do Cidadão, na qual se registrava boletins de ocorrência, instaurava inquéritos, intimava acusados e até negociava, em troca de dinheiro, o arquivamento de denúncias. A informação é do Jornal Estadão, veja na integra: https://goo.gl/woa8Xm 

 

Basta um simples pesquisa no Google para entender que os negócios do “Grupo Iner”, ou seja, de Jomateleno, são pura enganação.