Prefeituras ameaçam trabalho de catadores em meio a desemprego recorde no país
Catadores de materiais recicláveis ligados a cooperativas, associações e que trabalham individualmente na cidade de Porto Alegre saíram às ruas no dia 09 de março contra a Lei nº 10.531/2008 provada em 2008 que proíbe a circulação de carroças de coleta de recicláveis. No dia 10 de março termina o prazo de 8 anos para que os carroceiros se adequassem a nova lei e fossem capacitados pela Prefeitura para exercer atividade em outras atividade. No entanto, passado o prazo as ações da Prefeitura não surtiram qualquer efeito a cerca de 6 mil trabalhadores e trabalhadoras sobrevivem dessa atividade na cidade.
O protesto saiu da Praça Zumbi dos Palmares em direção da Câmara Municipal onde os catadores e catadoras participaram de audiência pública para discutir a questão. A categoria pede o adiamento do prazo e recebeu a garantia do líder do governo na Câmara, Cláudio Janta, que não haverá apreensão de carroças na segunda-feira até que a questão seja discutida.
Em seguida a marcha foi até a Prefeitura de Porto Alegre onde os Catadores entregaram uma proposta de inclusão social e garantia às ruas para a categoria.
Belo Horizonte copia a ideia
A exemplo de Porto Alegre, vereador Osvaldo Lopes (PHS) de Belo Horizonte iniciou a tramitação de uma Projeto Lei de exclusão social idêntico. O vereador alega que “existem políticas sociais suficientes para apresentar alternativas para que os envolvidos tenham uma vida profissional digna.” No entanto, não descreve quais são os programas serão realizados para substituir a renda das famílias atingidas.
Em outras capitais e cidades menores é grande a apreensão dos Catadores em relação ao futuro de seu trabalho.