Prefeitura de São Leopoldo atrasa pagamento e catadores podem passar Natal sem dinheiro

Os 7 contratos de prestação de serviços de coleta seletiva solidária de São Leopoldo, correm grande risco de deixar todos as 7 cooperativas de catadores de São Leopoldo, sem dinheiro para passar o natal e ano novo.
Já com quase 60 dias de atraso as cooperativas não receberam ainda o pagamento pelos serviços prestados ao município desde outubro de 2016, causando assim, indignação e revolta dos catadores, que dependem deste contrato para o pagamento de veículos locados, coletores, e despesas previstas dentro do contrato, e agora se veem em uma situação crítica por falta de pagamento da Secretaria da Fazenda e o Município de São Leopoldo.
As cooperativas Uniciclar, Nova Conquista, Aturói Vitória, Mãos Dadas, Cooperfeitoria, Cooper Santo Antônio e Cooperativa Univale, tentaram na manhã de hoje, uma agenda com a Secretaria Adjunta da Fazenda, para uma previsão de pagamento, mas sem sucesso.
Em alguns casos, os catadores estão vendendo o material comercializado, que era para a partilha dos catadores, e estão pagando algumas das contas para evitar que a situação piore ainda mais.
No caso da uniciclar, os catadores vem a mais ou menos a dois meses, em reunião interna dos catadores, tirando toda a produção quinzenal, para manter as suas contas mais essenciais em dia. Porem , para manter tudo em dia, os catadores estão ficando sem poder dividir os lucros do seu material comercializado. A situação esta piorando ainda mais, já que esta chegando as épocas festivas, e todo o lucro de material triado e comercializado, estão pagando as dividas com fornecedores para honrarem seus compromissos.
A divida total do mês de outubro e novembro de 2016, da prefeitura de São Leopoldo com as cooperativas chega a R$ 347.175,78.
Algumas cooperativas como a Cooperativa Nova conquista e Cooperativa Univale, a situação é ainda mais critica, chegando a 3 meses de contrato atrasado.
Enquanto na gestão de governo passada, quando uma empresa privada fazia a coleta seletiva, os catadores recebiam e triavam em media 80 toneladas de resíduo mês, já depois da contratação das cooperativas este numero passou para em media 350 toneladas mensal de resíduos triados e coletados no município.
Os contratos vieram sendo mantidos em dia até setembro de 2016.
 A partir outubro, os pagamentos começaram a ficar indefinidos, sem empenhos e sem deficinições de pagamentos, deixando assim as cooperativas em alerta vermelho.
Os catadores fazem um bom trabalho de coleta seletiva solidária no municipio, tendo assim o reconhecimento da comunidade leopoldense, pelo serviços que prestam, sendo mais efícas e de qualidade.