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Cooperativas usam óleo de cozinha como combustível

Cooperativas ligadas a Rede Cata Sampa iniciaram em dia 25 de Agosto, os

 

testes de uma nova tecnologia de utilização do óleo de cozinha como combustível para veículos a diesel.

 

A técnica vem dos Estados Unidos por meio de parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) juntamente com Fundação Getulio Vagas (FGV) e MNCR que estão fazendo a transferência de tecnologia para as organizações de catadores no Brasil.

 

O departamento de trabalho com a comunidade do MIT e a FGV pretendem fortalecer a Rede de cooperativas e o Centro de Referência do MNCR por meio de uma técnica barata que economize os custos logísticos de coleta  com a utilização do óleo de vegetal diretamente nos caminhões sem a necessidade de um pré-beneficiamento.  São realizadas apenas algumas modificações no veículo que também continua a rodar com o diesel comum.  “O caminhão ficou até melhor com esse óleo vegetal , ficou mais macio e com um ronco melhor... fiz o teste rodando com o caminhão e ficou melhor do que estava com o óleo diesel” avaliou Oswaldo Dias dos Santos, motorista e cooperado da Cruma, Poá.

 

“A idéia é utilizar o óleo de cozinha usado que ele já coletam para, ao invés de vender para conversão para biodiesel, usá-lo diretamente para abastecer os caminhões da cooperativa dando uma economia de combustível quase total” informou Ana Luiza Santos, engenheira eletrônica do MIT e integrante da equipe que está no Brasil transferindo a tecnologia para os catadores.

 

“O que nós queremos fazer é dar o poder aos próprios catadores para fazerem essa conversão de veículo e ajudá-los com manuais que estamos preparando, um vídeo de instrução e treinamento, para que eles possam fazer isso nas cooperativas deles e ensinar outros em outras cooperativas e espalhar essa idéia. Um custo significativo das cooperativa é em combustível, se conseguirmos reduzir esses custos será um retorno direto para os catadores, “ informou Santos.

 

Segundo levantamento da equipe do MIT, as cooperativas pesquisadas têm um custo logístico na faixa dos 20% em combustível.

 

A equipe é integrada por Patrick Keaney, um mecânico de Boston que trabalha há muitos anos com a conversão de veículos daquele país para utilizar o óleo vegetal como combustível.

 

Sua oficina chama-se “Green Grease”, na tradução para o português “Óleo Verde”, e atrai pessoas preocupas com o meio ambiente e também aquele que querem economizar.

 

“Essa tecnologia de conversão já é usada nos Estados Unidos há muito tempos, mas só agora passou a se tornar mais comum para um grande público. Existem corporações que vendem kits de conversão caríssimos, são empresas muito ricas. O modo como eu faço, que é toda inovação desse projeto, é fazer essa conversão com pouco material de um jeito barato e fácil de ensinar “ declarou Keaney.

 

Sobre a experiência de repassar seu conhecimento para os catadores do Brasil ele informa que: “Claramente eles apreenderam, pois agora eu estou aqui falando com você enquanto eles estão lá fazendo”,

 

completa.

 

Participaram da Oficina de transferência de tecnologia integrantes da Cruma, de Poá, Cooperglicério, de São Paulo, Cooperalto, de Biritíba Mirim, entre outras.

Assista ao vídeo clicando aqui