“Lula vai voltar e vai melhorar essa situação, abraçar a nossa causa”
foto: Gilberto Warley Chagas
Natural do município de Imperatriz, no Maranhão, Maria Dulcineia Silva Santos conhece a realidade daquelas que encontram nos desafios diários a força para construir um país melhor e mais justo. “Tenho 59 anos e, destes, 24 anos tratando de reciclagem. Comecei puxando carroça nas ruas da cidade de São Paulo. Há muito preconceito nas ruas, já fui chamada de “macaca”, já fui xingada, mas estou aqui de pé até hoje e vou continuar de pé sempre”, afirma ela.
Dulcineia puxou carroça por cerca de 10 anos coletando materiais recicláveis nas ruas até ingressar na cooperativa, onde gradativamente foi melhorando a qualidade do trabalho. Ela foi uma das mulheres que falou sobre cooperativismo e esperança para o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva, no Encontro das cooperativas e do Movimento de Economia Solidária.
Foto: André Zuccolo/ Reprodução
A Cooperativa de Catadores Autônomos de Papel, Aparas e Materiais Reaproveitáveis (COOPAMARE) atua no mesmo local há mais de 30 anos fazendo a coleta, triagem e reciclagem de resíduos, em uma cidade que produz cerca de 20 mil toneladas de lixo diariamente. A cooperativa é afiliada da Unicatadores, primeira cooperativa do segmento do Brasil, com 36 anos de atividade na capital paulista.
No governo do Lula eu consegui uma casa, pagava aluguel, mas nunca faltou comida na mesa. No governo Bolsonaro, faltou mistura. E até hoje está faltando”.
Para Dulcineia, a esperança vai vencer o medo. “Mas o Lula vai voltar, com muita fé – que nós temos – ele vai melhorar essa situação, abraçar a nossa causa, e vai voltar a ter comida na mesa de cada um; de nossos pais, mães, avós, tios, primos e filhos. O Lula vai ser novamente o nosso presidente para população que sofre. Vai melhorar a nossa vida, e vai ser de primeiro turno. Ele vai subir a rampa de novo e olhar para todos nós”.
Confira o depoimento completo de Maria Dulcineia Silva Santos para o MST:
“Há 24 anos estou trabalhando com reciclagem na cidade de São Paulo. Comecei catando material na mão, só depois de um tempo comprei uma carroça. Comecei a puxar carroça nas ruas, no bairro de Pinheiros, em Vila Madalena. Tinha muito preconceito naquela época, fui chamada de resto de comida, de macaca, as pessoas podiam xingar gente, mas mesmo assim eu não desisti.
Estou na mesma cooperativa em que eu comecei na época que o Lula foi presidente até hoje, e tivemos o prazer de receber ele quando era presidente. Lula passou umas duas horas com a gente lá dentro da cooperativa mesmo.
No governo Lula, a nossa vida melhorou, no governo dele nós não passávamos mais necessidade. Só que agora, no governo Bolsonaro, a gente está passando. A gente não consegue mais escolher o tipo de carne que quer comer, você vai lá e compra aquela que o seu bolso paga.
Minha perspectiva de vida é que Lula vai voltar e a nossa vida vai voltar a melhorar também. Não só a de catadores, mas de todos de cooperativas, em especial daquelas que as mulheres comandam. A gente vai ter uma vida bem melhor com ele lá em cima novamente.
Eu até perdi um pouquinho a voz lá quando falei para ele, não aguentei e chorei, porque a última vez que eu vi o Lula foi quando ele foi na cooperativa. Depois disso ele colocou a Dilma, ela foi destituída, ele foi preso. Mas a gente tem sempre a esperança de que ele sairia para voltar de novo a ser o nosso presidente. E vai ser”, completa ela com esperança.
Da Página do MST